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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Manuel Bandeira



Saiba um pouco sobre Manuel Bandeira


   Manuel Bandeira é um poeta reconhecido na literatura nacional, fez parte do modernismo brasileiro. Uma de suas poesias, inclusive, foi declamada por Ronald de Carvalho na abertura da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. “Os Sapos” apresenta uma crítica ao parnasianismo, movimento literário que caracterizou os primeiros escritos de Bandeira. 
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos - SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Passa dois verões em Petrópolis.
Em 1892 a família volta para Pernambuco. Manuel Bandeira frequenta o colégio das irmãs Barros Barreto, na Rua da Soledade, e, como semi-interno, o de Virgíneo Marques Carneiro Leão, na Rua da Matriz.
    A família mais uma vez se muda do Recife para o Rio de Janeiro, em 1896, onde reside na Travessa Piauí, na Rua Senador Furtado e depois em Laranjeiras. Bandeira cursa o Externato do Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II). Tem como professores Silva Ramos, Carlos França, José Veríssimo e João Ribeiro. Entre seus colegas estão Sousa da Silveira e Antenor Nascentes.
Em 1903 a família se muda para São Paulo onde Bandeira se matricula na Escola Politécnica, pretendendo tornar-se arquiteto. Estuda também, à noite, desenho e pintura com o arquiteto Domenico Rossi no Liceu de Artes e Ofícios. Começa ainda a trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, da qual seu pai era funcionário.
No final do ano de 1904, o autor fica sabendo que está tuberculoso, abandona suas atividades e volta para o Rio de Janeiro. Em busca de melhores climas para sua saúde, passa temporadas em diversas cidades: Campanha, Teresópolis, Maranguape, Uruquê, Quixeramobim.
"... - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino."
Em 1910 entra em um concurso de poesia da Academia Brasileira de Letras, que não confere o prêmio. Lê Charles de Guérin e toma conhecimento das rimas toantes que empregaria em Carnaval.
Sob a influência de Apollinaire, Charles Cros e Mac-Fionna Leod, escreve seus primeiros versos livres,em 1912.
A fim de se tratar no Sanatório de Clavadel, na Suíça, embarca em junho de 1913 para a Europa. No mesmo navio viajam Mme. Blank e suas duas filhas. No sanatório conhece Paul Eugène Grindel, que mais tarde adotaria o pseudônimo de Paul Éluard, e Gala, que se casaria com Éluard e depois com Salvador Dali.
Em virtude da eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, volta ao Brasil em outubro. Lê Goethe, Lenau e Heine (no sanatório reaprendera o alemão que havia estudado no ginásio). No Rio de Janeiro, reside na rua Nossa Senhora de Copacabana e na Rua Goulart.
Em 1916 falece sua mãe, Francelina. No ano seguinte publica seu primeiro livro: A cinza das horas, numa edição de 200 exemplares custeada pelo autor. João Ribeiro escreve um artigo elogioso sobre o livro. Por causa de um hiato num verso do poeta mineiro Mário Mendes Campos, Manuel Bandeira desenvolve com o crítico Machado Sobrinho uma polêmica nas páginas do Correio de Minas, de Juiz de Fora.
O autor perde a irmã, Maria Cândida de Souza Bandeira, que desde o início da doença do irmão, havia sido uma dedicada enfermeira, em 1918. No ano seguinte publica seu segundo livro, Carnaval, em edição custeada pelo autor. João Ribeiro elogia também este livro que desperta entusiasmo entre os paulistas iniciadores do modernismo.
O pai de Bandeira, Manuel Carneiro, falece em 1920. O poeta se muda da Rua do Triunfo, em Paula Matos, para a Rua Curvelo, 53 (hoje Dias de Barros), tornando-se vizinho de Ribeiro Couto. Numa reunião na casa de Ronald de Carvalho, em Copacabana, no ano de 1921, conhece Mário de Andrade. Estavam presentes, entre outros, Oswald de Andrade, Sérgio Buarque de Holanda e Osvaldo Orico.
Inicia então, em 1922, a se corresponder com Mário de Andrade.  Bandeira não participa da Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro em são Paulo, no Teatro Municipal. Na ocasião, porém, Ronald de Carvalho lê o poema "Os Sapos", de "Carnaval". Meses depois Bandeira vai a São Paulo e conhece Paulo Prado, Couto de Barros, Tácito de Almeida, Menotti del Picchia, Luís Aranha, Rubens Borba de Morais, Yan de Almeida Prado. No Rio de Janeiro, passa a conviver com Jaime Ovalle, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Prudente de Morais, neto, Dante Milano. Colabora em Klaxon. Ainda nesse ano morre seu irmão, Antônio Ribeiro de Souza Bandeira.
Em 1924 publica, às suas expensas, Poesias, que reúne A Cinza das Horas, Carnaval e um novo livro, O Ritmo Dissoluto. Colabora no "Mês Modernista", série de trabalhos de modernistas publicado pelo jornal A Noite, em 1925. Escreve crítica musical para a revista A Ideia Ilustrada. Escreve também sobre música para Ariel, de São Paulo.
A serviço de uma empresa jornalística, em 1926 viaja para Pouso Alto, Minas Gerais, onde na casa de Ribeiro Couto conhece Carlos Drummond de Andrade. Viaja a Salvador, Recife, Paraíba (atual João Pessoa), Fortaleza, São Luís e Belém. No ano seguinte continua viajando: vai a Belo Horizonte, passando pelas cidades históricas de Minas Gerais, e a São Paulo. Viaja a Recife, como fiscal de bancas examinadoras de preparatórios. Inicia uma colaboração semanal de crônicas no Diário Nacional, de São Paulo, e em A Província, de Recife, dirigido por Gilberto Freyre. Colabora na Revista de Antropofagia.
1930 marca a publicação de Libertinagem, em edição como sempre custeada pelo autor. Muda-se, em 1933, da Rua do Curvelo para a Rua Morais e Vale, na Lapa. É nomeado, no ano de 1935, pelo Ministro Gustavo Capanema, inspetor de ensino secundário.
Grandes comemorações marcam os cinquenta anos do poeta, em 1936, entre as quais a publicação de Homenagem a Manuel Bandeira, livro com poemas, estudos críticos e comentários, de autoria dos principais escritores brasileiros. Publica Estrela da Manhã (com papel presenteado por Luís Camilo de Oliveira Neto e contribuição de subscritores) e Crônicas da Província do Brasil.
Recebe o prêmio da Sociedade Filipe de Oliveira por conjunto de obra, em 1937, e publica Poesias Escolhidas e Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica.
No ano seguinte é nomeado professor de literatura do Colégio Pedro II e membro do Conselho Consultivo do Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Publica Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasiana e Guia de Ouro Preto.
Em 1940 é eleito para a Academia Brasileira de Letras, na vaga de Luís Guimarães Filho. Toma posse em 30 de novembro, sendo saudado por Ribeiro Couto. Publica Poesias Completas, com a inclusão da Lira dos Cinquenta Anos (também esta edição foi custeada pelo autor). Publica ainda Noções de História das Literaturas e, em separata da Revista do Brasil, A Autoria das Cartas Chilenas.
Começa a fazer crítica de artes plásticas em A Manhã, em 1941, no Rio de Janeiro. No ano seguinte é nomeado membro da Sociedade Filipe de Oliveira. Muda-se para o Edifício Máximos, na Praia do Flamengo. Organiza a edição dos Sonetos Completos e Poemas Escolhidos de Antero de Quental.
Nomeado professor de literatura hispano-americana da Faculdade Nacional de Filosofia, em 1943, deixa o Colégio Pedro II. Muda-se, em 1944, para o Edifício São Miguel, na Avenida Beira-Mar, apartamento 409. Publica Obras Poéticas de Gonçalves Dias, edição crítica e comentada. No ano seguinte publica Poemas Traduzidos, com ilustrações de Guignard.
Recebe o prêmio de poesia do IBEC por conjunto de obra, em 1946. Publica Apresentação da Poesia Brasileira e Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos.
Em 1948 são reeditados três de seus livros: Poesias Completas, com acréscimo de Belo Belo; Poesias Escolhidas e Poemas Traduzidos. Publica Mafuá do Malungo (impresso em Barcelona por João Cabral de Melo Neto) e organiza uma edição crítica das Rimas de João Albano. No ano seguinte publica Literatura Hispano-Americana e traduz O Auto Sacramental do Divino Narciso de Sóror Juana Inês de lá Cruz.
A pedido de amigos, apenas para compor a chapa, candidata-se a deputado pelo Partido Socialista Brasileiro, em 1950, sabendo que não tem quaisquer chances de eleger-se. No ano seguinte publica Opus 10 e a biografia de Gonçalves Dias. É operado de cálculos no ureter.  Muda-se, em 1953, para o apartamento 806 do mesmo edifício da Avenida Beira-Mar.
No ano de 1954 publica Itinerário de Pasárgada e De Poetas e de Poesia. Faz conferência no Teatro Municipal do Rio de Janeiro sobre Mário de Andrade. Publica 50 Poemas Escolhidos pelo Autor, em 1955. Traduz Maria Stuart, de Schiler, encenado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em junho, inicia colaboração como cronista no Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, e na Folha da Manhã, de São Paulo. Faz conferência sobre Francisco Mignone no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Traduz Macbeth, de Shakespeare, e La Machine Infernale, de Jean Cocteau, em 1956. É aposentado compulsoriamente, por motivos da idade, como professor de literatura hispano-americana da Faculdade Nacional de Filosofia.
Traduz as peças Juno and the Paycock, de Sean O'Casey, e The Rainmaker, de N. Richard Nash, em 1957. Nesse ano, publica Flauta de Papel. Em julho visita para a Europa, visitando Londres, Paris, e algumas cidades da Holanda. Retorna ao Brasil em novembro. Escreve, até 1961, crônicas bissemanais para o Jornal do Brasil e a Folha de São Paulo.
Em 1958, publica Gonçalves Dias, na coleção "Nossos Clássicos" da Editora Agir. Traduz a peça Colóquio-Sinfonieta, de Jean Tardieu. Publicada pela Aguilar, sai em dois volumes sua obra completa -- Poesia e Prosa.
No ano seguinte traduz The Matchmaker (A Casamenteira), de Thorton Wilder. A Sociedade dos Cem Bibliófilos publica Pasárgada, volume de poemas escolhidos, com ilustrações de Aldemir Martins.
Em 1960 traduz o drama D. Juan Tenório, de Zorrilla. Pela Editora Dinamene, da Bahia, saem em edição artesanal Estrela da Tarde e uma seleção de poemas de amor intitulada Alumbramentos. Sai na França, pela Pierre Seghers, Poèmes, antologia de poemas de Manuel Bandeira em tradução de Luís Aníbal Falcão, F. H. Blank-Simon e do próprio autor.
No ano seguinte traduz Mireille, de Fréderic Mistral. Começa a escrever crônicas semanais para o programa "Quadrante" da Rádio Ministério da Educação. Em 1962 traduz o poema Prometeu e Epimeteu de Carl Spitteler.
Escreve para a Editora El Ateneo, em 1963, biografias de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Castro Alves. A Editora das Américas edita Poesia e Vida de Gonçalves Dias. Traduz a peça Der Kaukasische Kreide Kreis, de Bertold Brecht. Escreve crônicas para o programa "Vozes da Cidade" da Rádio Roquette-Pinto, algumas das quais lidas por ele próprio, com o título "Grandes Poetas do Brasil".
Traduz as peças O Advogado do Diabo, de Morris West, e Pena Ela Ser o Que É, de John Ford. Sai nos EUA, pela Charles Frank Publications, A Brief History of Brazilian Literature (tradução, introdução e notas de R. E. Dimmick), em 1964.
No ano de 1965 traduz as peças Os Verdes Campos do Eden, de Antonio Gala. A Fogueira Feliz, de J. N.Descalzo, e Edith Stein na Câmara de Gás de Frei Gabriel Cacho. Sai na França, pela Pierre Seghers, na coleção "Poètes d'Aujourd'hui", o volume Manuel Bandeira, com estudo, seleção de textos, tradução e bibliografia por Michel Simon.
Comemora 80 anos, em 1966, recebendo muitas homenagens. A Editora José Olympio realiza em sua sede uma festa de que participam mais de mil pessoas e lança os volumes Estrela da Vida Inteira (poesias completas e traduções de poesia) e Andorinha Andorinha (seleção de textos em prosa, organizada por Carlos Drummond de Andrade). Compra uma casa em Teresópolis, a única de sua propriedade ao longo de toda sua vida.
O escritor sofreu com a tuberculose por muitos anos de sua vida, apresentando o sofrimento e a angústia da doença em várias obras literárias. Como sua criação foi extensa, Bandeira passa por períodos distintos e retrata nos poemas tempos de nostalgia, de busca por alegria para viver e de solidão.No dia 13 de outubro de 1968, às 12 horas e 50 minutos, morre o poeta Manuel Bandeira, no Hospital Samaritano, em Botafogo, sendo sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.


POESIAS FAMOSAS DE MANUEL BANDEIRA.
Desencanto (Manuel Bandeira)

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.


Vou-me Embora pra Pasárgada (Manuel Bandeira)


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
Lá sou amigo do rei
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Testamento (Manuel Bandeira)

O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros - perdi-os...
Tive amores - esqueci-os.

Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.

Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.

Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.

Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...

Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não faço versos de guerra.

Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!

FONTES:
http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/manuel-bandeira-poemas/




domingo, 26 de novembro de 2017

11º Poetizando e Encantando





Chegamos ao 11º Poetizando e Encantando

É  com  carinho que participo do 11º poetizando e Encantando.
Uma maravilhosa brincadeira, sem competição  indicada pela Profª Lourdes Duarte em seu blog Filosofando na Vida.

filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/


 Mais uma vez participo com alunos.



IMAGEM PARA A TEMÁTICA DESSA SEMANA



Minha participação com os alunos

Entre os gritos da multidão ou no silencioso deserto.
Pisando em pedras ou atingido por elas.
Entre os próprios tropeços e as armadilhas da estrada.
Temos uma certeza única e suficiente:
desde o calvário Ele é o nosso caminho.


Lembre-se aquilo que parece impossível, torna-se possível quando se  tem fé e perseverança para seguir retirando as pedras do caminho e deixando a flor da felicidade brotar.



Participação dos alunos Mateus e Guilherme.


Padras no caminho,
 Sempre irão existir
 Saibamos retirá-las
E lá na frente construir
 Nossos próprios caminhos.

Mateus Felipe

**************

Nem sei se são pedras
 As vezes dói como brasa
De uma coisa tenho certeza
Serei firme, meus passos seguirei
A minha jornada seguirei,
 Elas não irão parar, só Deus!
As flores irão brotar...

 Guilherme Oliveira

Mimo que a Lourdes nos presenteia
MIMO DA PROFª LOURDES DUARTE


Abraços, tenham todos um dia de paz e uma semana abençoada
.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

CHEGA DE PRECONCEITO E DE RACISMO- CONSCIÊNCIA NEGRA TODOS OS DIAS!



O dia da consciência negra, se comemora no dia 20 de novembro. Mesmo a data já tenha sido comemorada, deixamos aqui a nossa homenagem e o nosso grito; CHEGA DE PRECONCEITO E DE RACISMO! Todo dia é dia da consciência negra.



Profº Eduardo Holing escreveu o seguinte sobre Consciência Negra
Num mundo de competição e individualismo, a diferença é motivo de discriminação dominação. Num mundo de solidariedade, a diferença é motivo de enriquecimento complementação. O caminho é distante? Quando sabemos a direção, basta caminhar. Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, não vamos perder a oportunidade de dar mais um passo.



Consciência negra
Francisco Carneiro Barbosa


Chega de racismo
De história mal contada
Chega de hipocrisia
De mentira esfarrapada
Esse preconceito infeliz
Que por aí diz
Que negro não vale nada.



O negro também precisa
Ser privilegiado
Chega de arrogância
Branco tenha cuidado
Com o preconceito em alta
Pois quem muito se exalta
É sempre humilhado.


Preto, branco e mulato
Vamos nos unir
O preconceito é horrível
E não é para existir
Já que todos somos irmãos
Essa grande nação
Espalhada por aí.



A consciência negra
Quer exatamente
Provar que somos iguais
E não diferentes
São lutas populares
Como as de Zumbi dos Palmares
Que morreu pela sua gente.




É preciso desde já
Com amor todo gentil
Acabar com o preconceito
E ver em nosso Brasil
O negro sorrindo tanto
Como a Daiane dos Santos,
Pelé e Gilberto Gil.



Vozes
Angela Padilha

Quando virá a alforria?
Sinto ainda o chicote
Nas costas torturadas
Pelo desprezo, do nada,
Do que sou, do que fui,
De onde nem sei se vou... 


Quando virá o dia
Em que soltarão os grilhões,
Cicatrizarão as feridas
E terei amor pela vida
Que o futuro pode me proporcionar? 


Vozes na lembrança,
Choros incontidos,
Estalos cortando o ar e os feridos
A cantar...Sempre cantando suas dores,
Na maneira exata de dizer:
Sou gente!Independente de não querer...

Quando??? 



Poema Consciência Negra

“Sou a alma que ontem nasceu no mundo.
Sou filha da África,
Dos olhos de pérolas,
Do sorriso de marfim,
Dos sons dos atabaques em noite de luar,
Da roda de capoeira,
Do jongo ao maculelê.


Sou da raça que irradia perfume de alegria.
Sou semente da história humana,
De vida apesar de tanta dor.


Dos canaviais e senzalas,
Das mãos calejadas, exploradas e injustiçadas.


Podem tirar a minha vida,
Menos o direito de sonhar,
De ter esperança…
De lutar por dignidade e respeito,
Nem que seja em grito mudo,
Clamando por igualdade e justiça,
E de acreditar num amanhã melhor.”





domingo, 19 de novembro de 2017

10º Poetizando e Encantando








 10º Poetizando e Encantando
Chegamos ao  10º poetizando e Encantando.
Uma maravilhosa brincadeira, sem competição  indicada pela Profª Lourdes Duarte em seu blog Filosofando na Vida.

filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/


Venha você também participar!

IMAGEM DA SEMANA

Este é o meu poetizando com a participação do aluno  guilherme Oliveira.


De braços abertos
Contemplo o entardecer
Revivo o dia que passou
Agradeço ao bom Deus
Pelo presente de vida
E poder apreciar mais uma vez
Tanta beleza do Criador!


Felizes daqueles que como eu,
Agradece a Deus por estar viva
Viver é um presente
O maior presente de Deus!
Elza





Guilherme Oliveira

Quanta beleza meus olhos contemplam
Deus é Pai é criador!
A cada dia um novo presente
De braços abertos, louvo a te Senhor!

Lindo entardecer
Que venha um lindo anoitecer
E um dia a mais,
 Para te louvar Senhor!





Mimo que recebi da Lourdes Duarte.

10ª Edição do Poetizando

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O QUE É UM SONETO? E ALGUNS SONETOS DE Florbela Espanca



O QUE É UM SONETO?

Soneto é um poema composto de catorze versos, divididos em dois quartetos (duas estrofes com quatro versos) e dois tercetos (duas estrofes com três versos).
O soneto possui versos metrificados e rimados e, classicamente, esses versos são decassílabos (com dez sílabas métricas) ou alexandrinos (com doze sílabas métricas).
Foi provavelmente criado pelo poeta e humanista italiano Francesco Petrarca (1304-1374).
A palavra soneto (do italiano “sonetto”) significa pequeno som ao referir-se à sonoridade produzida pelos versos.

Tipos de Soneto

O soneto petrarquiano ou regular é o mais experimentado. No entanto, Willian Shakespeare (1564-1616) criou o soneto inglês, composto de 3 quartetos (estrofes de quatro versos) e 1 dístico (estrofe de dois versos).
Há também o soneto monostrófico, o qual apresenta uma única estrofe composta pelos catorze versos. E o soneto estrambótico, aquele que conta com versos ou estrofes adicionais.

Estrutura do Soneto

Os sonetos são geralmente produções literárias de conteúdo lírico formados, nessa ordem, por dois quartetos e dois tercetos.
No interior da estrutura do soneto, faz se necessário observar alguns conceitos básicos:
estrofe
verso
métrica
rima

Estrofe e Verso

Importante ressaltar que o verso corresponde a frase ou palavra que compõem cada linha de uma poesia. Enquanto a estrofe é o conjunto de versos de uma das seções do poema.
Assim, de acordo com o número de versos que compõem uma estrofe, elas são classificadas em:

1 verso: Monóstico
2 versos: Dístico
3 versos: Terceto
4 versos: Quarteto ou Quadra
5 versos: Quintilha
6 versos: Sextilha
7 versos: Septilha
8 versos: Oitava
9 versos: Nona
10 versos: Décima

Mais de dez versos: estrofe irregular
Saiba mais sobre o tema com a leitura dos artigos:

Fonte: https://www.todamateria.com.br/soneto/



Florbela Espanca

Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa em 1894 e morreu em 1930, com apenas 36 anos em Matosinhos, sendo vitima de suicidio. Foi uma poeta famosa que produziu .
Livro de Mágoas, Saudade
entre outros.



Transcrição de Análise do poema "Amar" de Florbela Espanca.

Análise do poema "Amar" de Florbela Espanca.
Constituição estrófica do poema, rima e métrica
O poema neste trabalho analisado é composto por 4 estrofes: duas quadras e dois tercetos, ou seja, um
soneto.

Esquema rimático:1ª estrofe-
abab
,2ª estrofe-
abba
, 3ª e 4ª estrofes-
ccd eed
.
A rima é rica nas 2 primeiras estrofes e pobre nos versos "d" mas rica nos outros.
Os versos deste poema são todos decassílabos, têm 10 sílabas métricas cada um.
Tema
O tema deste texto é o
amor
e
o que é amar

. "Eu quero amar, amar perdidamente!"

    Divisão do poema em partes e sentimentos evidenciados pelo eu lírico
Na primeira estrofe, o sujeito poético mostra o quanto quer amar e que não tem nenhuma pessoa que ama mais. Na segunda o eu poético recorda que teve várias paixões na vida e afirma que não se pode ter apenas uma. Na terceira e quarta estrofes o eu lírico diz que as pessoas têm de aproveitar a vida pois foi para isso que Deus nos deu a vida e um dia há-de acabar. Espera também que no dia da sua morte ele consiga livrar se do seu velho corpo para ter uma nova vida.
    Ao longo do poema o eu poético sente amor e esperança no futuro
Recursos expressivos e seu valor.
     O poema contém repetição na primeira estrofe,versos 1 e 4, que significa que o sujeito poético quer amar muito e contém interrogação retórica na segunda estrofe, versos 5 e 6, que significa que o sujeito poético pensa se amar é bom ou mau, se deve recordar as paixões ou não.[[

Título do poema

O título do poema é "Amar" porque o sujeito poético fala do
que é amar
, da sua
experiência com o amor
e de que se
o deve aproveitar

.

Alguns sonetos de Florbela Espanca


AMAR

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!


Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!


Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!


E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...




Se Tu Viesses Ver-me...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...


Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...


Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri


E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"



Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."

(Livro de Soror Saudade, 1923)
Florbela Espanca



Pesquisa e organização da postagem: Profªs Lourdes Duarte  e
Elza Interaminense


domingo, 12 de novembro de 2017

9º Poetizando e Encantando




Vamos ao 9º Poetizando e Encantando

É  com   muito prazer que participo do 9º poetizando e Encantando.
Uma maravilhosa brincadeira, sem competição  indicada pela Profª Lourdes Duarte em seu blog Filosofando na Vida.

filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/


IMAGEM PARA O POETIZANDO
   Minha participação  com o aluno Guilherme

 O vinho que brindamos a vida
 É o mesmo que brindamos o amor
O vinho que é consagrado no altar
Transforma-se em vida
Para quem acredita no mistério
 Do Divino amor!


 O vinho da vida
Ou o vinho do amor,
Adoça meus lábios
Esquenta meu coração
O vinho tinto do amor!
Tim..Tim...


Participação das alunas Vitória Lima e lívia


Vinho tinto
 Consagrado ou não
Vindo de um fruto
E se tornou o vinho do amor
do PORTO chegou!


Tim .. Tim para a vida
E viva o amor
O amor humano
Ou o amor de Deus
O amor é amor,
E o maior amor é Deus.



Presentinho da Lourdes Duarte
Tenham todos um domingo feliz e um início de semana de muita paz, sucesso e aprendizagens!
Abraços